COMPARAÇÃO DA FLEXIBILIDADE EM IDOSOS FREQÜENTADORES E NÃO FREQÜENTADORES DE ACADEMIA NO CENTRO DA CIDADE DE NOVA IGUAÇU-RJ

27-09-2010 01:15

 Introdução: Atividade física (A.F) é qualquer movimento produzido pelo músculo onde haja gasto energético acima do estado de repouso. Atualmente podemos também encontrar como a busca da saúde física, mental e espiritual.(GUEDES, 2003) Com o envelhecimento, surgem fatores fisiológicos que reduzem o desempenho. A prática de atividade física, trás mudanças que podem ser positivas. As capacidades físicas, as modificações anato-fisiológicas e as alterações psicossociais são regredidas ao decorrer do processo de envelhecimento. Flexibilidade é: “qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem riscos de provocar lesões.” (DANTAS, 2003); porém, níveis extremos de flexibilidade não são recomendados para a população em geral, recomendam-se alongamentos funcionais. (ACHOUR JUNIOR, 2004) Objetivo: comparar a flexibilidade de idosos freqüentadores e não freqüentadores de academia no centro da cidade de Nova Iguaçu-Rj. Materiais e métodos: Pesquisa descritiva de campo com 24 idosos, entre 60 a 70 anos, freqüentadores uma academia do município de nova Iguaçu-RJ. A seleção foi intencional, 2 grupos: grupo 1 (ID1), constituído por 12 idosos freqüentadores da academia e o 2 grupo (ID2), formado por 12 idosos não freqüentadores de academia. Foi utilizado o termo de participação consentida, através das normas estabelecidas para a realização de pesquisa em seres humanos, Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, de 10/10/1996 (BRASIL, 1996). Para verificar os índices de flexibilidade, foi aplicado o flexiteste (PAVEL e ARAÚJO, 1980), verificando-se a amplitude articular passiva máxima em 20 movimentos articulares.  As mensurações foram realizadas em 2 sessões (1 para cada grupo) de 2 horas cada, a partir das 9:00 h, sem aquecimento. O tratamento dos dados incluiu as técnicas da estatística descritiva, com tabelas de freqüências e seguindo as recomendações de Araújo (2005), utilizou-se a técnica Mediana (para indicar a tendência central) e o desvio-padrão (para indicar a variabilidade). Para comparação dos resultados entre os grupos, a estatística inferencial foi adotada, utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson, que comparou os valores médios das variáveis experimentais, observando-se um nível de significância p<0,05. Foram escolhidos aleatoriamente 7 movimentos articulares, de acordo com a sub-divisão proposta por Araújo(2005). Figuras com barras horizontais apresentam os valores percentuais de cada grupo. Como o índice 0 não foi atribuído em ambos os grupos, os gráficos apontam o percentual de índices entre 1 e 4. A pontuação 2 tende a ser a mais freqüente, indicando flexibilidade média;  extremos como 0 e 4 são raros, em se tratando da população em geral, representando flexibilidade muito pequena e muito grande, respectivamente.(ARAÚJO, 2005) Resultados: Na tabela do Flexíndice, valores >60 indicam amplitude de movimento considerada “muito grande”, o que foi encontrado no ID1 enquanto valores entre 31 a 40 apontam para flexibilidade média (-), índice obtido no ID2.

Tabela 1: Flexíndice de 20 movimentos articulares dos grupos ID1 e ID2 (N=24)

 

Grupo ID1

Grupo ID2

Tendência central – mediana

69*

39*

Variabilidade - desvio-padrão

6,15

7,78

*p<0,05

Conclusão: conclui-se através dos valores encontrado que a flexibilidade é significativamente superior nos idosos freqüentadores de academia (p<0,05).

(Artigo publicado por: Gustavo Serapião, Fabio Lamego, Tatiana Delgado, Vinícius de Moraes, Jaciara Santos, Rômulo Serapião. CELAFISC - São Paulo-SP. Brasil. 2009)